algodao9A equipe do  Laboratório de Genética e Genômica da Interação Planta-Patógeno (LGGIPP) , coordenada pelo professor  Sergio Brommonschenkel , recebeu três prêmios na 13ª edição do C ongresso Brasileiro do Algodão  (CBA), realizada esta semana em Salvador. O trabalho “Identificação, clonagem e caracterização molecular dos genes de avirulência RpgAVR1 e RpgAVR2 de  Ramulariopsis pseudoglycines “, apresentado pelo egresso do  Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia Diogo Milanesi  e pela pesquisadora  Mariana Aparecida da Silva, que também é egressa do programa e pós-doutoranda no laboratório, ganhou o primeiro lugar nas áreas temáticas (Fitopatologia), enquanto a estudante de iniciação científica  Luana Aparecida Estevan Ribeiro  venceu a categoria classificada com o trabalho “Inoculação cruzada de isolados de  Corynespora cassicola  em soja e algodão”. O terceiro prêmio é um reconhecimento ao próprio professor Sérgio Brommonschenkel, escolhido como melhor orientador. 

“Meu tempo é muito unido, dedicado e competente. Esta é a explicação para o volume e qualidade dos trabalhos apresentados. Sou facilitador, muito privilegiado e honrado por trabalhar com todos eles, e com parceiros como a TMG, e a SLC agrícola”, diz o professor. Nos três dias de evento, a equipe composta ao todo por nove investigadores apresentou um total de dez pôsteres, com resultados inéditos das pesquisas realizadas em torno de doenças foliares do algodão, especialmente a mancha de ramulária e a mancha alvo.

“No caso da mancha de ramulária, estamos relatando tanto pesquisas relacionadas com a planta, conduzidas para resistência genética, quanto relacionadas ao patógeno. Neste último caso, temos, por exemplo, o estabelecimento de uma série diferenciadora de raça e a caracterização destas raças, inclusive com clonagem de gene relacionado à virulência do patógeno e mecanismo de resistência a fungicidas”, explica o orientador. “No caso da mancha-alvo, que é um problema hoje recorrente tanto no algodão quanto na soja, trouxemos um trabalho de caracterização de sensibilidade a fungicidas e também trabalhos visando entender a dinâmica da doença no campo”. 

O Congresso Brasileiro de Algodão é organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e está, portanto, bastante voltado às aplicações práticas e às inovações trazidas pelos pesquisadores. “Nossa equipe soma vários resultados inéditos, e faz, ao meu ver, uma contribuição muito grande para o manejo das duas doenças”, avaliado. Entre os investigadores do laboratório reunidos em Salvador, estão dois doutorandos ( Bernardo Melo e Deivid Sacon ), dois estudantes de iniciação científica ( João Mauricio C. Lourenço e Luana Aparecida Estevan Ribeiro ), dois pós-doutorandos ( Mariana Aparecida da Silva e Larissa Zanardo ) e dois pesquisadores associados (Gustavo Tristão e Valéria Holtman ).

Nematologia
O Laboratório de Nematologia também esteve representado no congresso pela mestranda Iolanda Alves dos Santos . Ela apresentou o trabalho “Bioanalise e comunidade de Nematóides como bioindicadores de qualidade do solo em sistemas de produção de soja e algodão no oeste da Bahia – safra 20/21″, que tem orientação da professora Dalila Sêni Buonicontro , do PPG Fitopatologia, e coorientação do pesquisador Fabiano José Perina , da Embrapa Algodão. No trabalho, que compõe a dissertação de Iolanda, a pesquisadora se aproxima da ecologia em busca de um novo ponto de vista sobre esses animais. “Os nematoides de vida livre no solo podem nos indicar e responder por diversos acontecimentos no solo. Com eles podemos diferenciar os sistemas de cultivos, identificar o nível de desequilíbrio deste solo e o grau de perturbação”, adianta ela. “Tem sido maravilhoso esse retorno dos eventos presenciais, e poder participar deles tem sido muito enriquecedor. Conseguimos fazer muitos contatos e expandir o conhecimento com outros pesquisadores.”