Prelecionista: Camila Ribeiro Costa. Data: 20/08/2021, às 09:00 horas pelo ZOOM*. Orientador: Acelino Couto Alfenas.
Erwinia psidii é, atualmente, um dos principais patógenos da eucaliptocultura no Brasil. Embora seu manejo tem sido baseado no plantio de clones resistentes, pouco se sabe a respeito do período de sobrevivência de E. psidii e o modelo de herança da resistência de eucalipto à doença. Neste estudo, avaliaram-se a translocação e a sobrevivência de E. psidii em diferentes partes de mudas e minicepas de Corymbia torelliana e Eucalyptus spp., inoculadas e mantidas por até quatro anos, bem como a herança da resistência em sete famílias de irmãos-completos provenientes de cruzamentos interespecíficos controlados. Os resultados deste trabalho demonstram que E. psidii apresenta movimento principalmente basipetal até as raízes, onde sobrevive por até quatro anos, tanto em minicepas suscetíveis quanto em minicepas resistentes. A bactéria também foi detectada no caule e brotações, porém em menor frequência. Seis modelos baseados na hipótese de herança Mendeliana controlada por um, dois ou três genes de efeito maior foram testados, entretanto, nenhum explicou totalmente os padrões de segregação fenotípica observados para todas as famílias estudadas. Dentre as sete famílias avaliadas, várias plantas não desenvolveram nenhum sintoma da doença (resistência completa), entretanto, um elevado número de plantas apresentou diferentes níveis de intensidade da doença, geralmente associado à resistência quantitativa. Assim, os resultados deste estudo indicam que a herança da resistência de Eucalyptus spp. a E. psidii é complexa e dependente de múltiplos genes de efeitos aditivos e não-aditivos.
*Interessados contatar camila.r.costa@ufv.br para solicitar o link do ZOOM.