Foto - TiagoPrelecionista: Tiago da Silva Tibolla
Orientador: Fabrício de Ávila Rodrigues
Data: Terça, 16/07/25, às 16h
Local: ESB – Sala 102

Resumo: 

A antracnose, causada pelo fungo hemibiotrófico Colletotrichum graminicola, é uma das principais doenças que afetam a produção de milho em todo o mundo. Nesse contexto, novas alternativas para o controle da doença precisam ser investigadas. Para esse estudo, foi testada a hipótese de que plantas de milho pulverizadas com Semia® [zinco (Zn) (20%) complexado com um polifenóis obtidos de plantas (10%); referido como estimulador da resistência induzida (ERI)] poderiam afetar a infecção das folhas de milho por C. graminicola. Plantas pulverizadas com água (controle) ou com o ERI foram inoculadas ou não com C. graminicola. Amostras foliares foram coletadas aos 2, 4, 6 e 12 dias após inoculação para as análises bioquímicas. Em comparação com as plantas infectadas e pulverizadas com água, aquelas tratadas com o ERI apresentaram aumentos significativos na concentração foliar de Zn (159%), no período de incubação (136%) e no período latente (81%), além de uma redução significativa de 74% na área abaixo da curva do progresso da antracnose. No nível bioquímico, as plantas tratadas com ERI e infectadas apresentaram aumentos significativos nas atividades das enzimas relacionadas com defesa (quitinase, β-1,3-glucanase, fenilalanina amônia-liase, polifenoloxidase e lipoxigenase) e antioxidantes (ascorbato peroxidase, catalase, glutationa redutase, peroxidase e superóxido dismutase) em comparação com plantas infectadas e pulverizadas com água. Esses resultados destacam o potencial do uso desse ERI para o manejo da antracnose, com menor dependência da aplicação de fungicidas e, consequentemente, promovendo uma agricultura mais sustentável.