Mancha-de-cercospora

Relevância da doença

O crisântemo e umas das principais flores de corte produzidas no Brasil. O fungo Cercospora chrysanthemi ataca as folhas da planta e as pétalas da coroa da flor, causando manchas que depreciam seu valor comercial.

Etiologia

 Agente etiológico

Cercospora chrysanthemi Heald & F.A. Wolf, Mycologia 3 (1): 15 (1911) [MB#189455]

Reino Fungi, Filo Ascomycota; Subfilo Pezizomycotina; Classe Dothideomycetes; Subclasse Dothideomycetidae, Ordem Capnodiales; Família Mycosphaerellaceae; Gênero Cercospora

Sinônimos

1=Cercospora chrysanthemi Puttemans, Bull. Soc. Roy. Bot. Belgique: 244 (1912) [MB#189766]

2=Cercospora chrysanthemi-coronarii Sawada, Report of the Department of Agriculture Government Research Institute of Formosa 2: 147 (1922) [MB#260579]

Hospedeiros

Crisântemo (Chrysanthemum spp.)

Cercospora chrysanthemi é específico do crisântemo

Distribuição

O patógeno tem uma ampla distribuição mundial, com registros freqüentes na Birmânia, China, Estados Unidos, Filipinas, Ilhas Maurício, Índia e Taiwan. No Brasil, existem registros de incidência apenas no estado de São Paulo.

Características

Sintomatologia

Manchas amareladas surgem nas folhas e posteriormente se tornam necróticas, de coloração marrom ou preta, com formato arredondado, margens bem definidas e centro acinzentado. Essas manchas variam de 2-10mm de largura. Aparecem primeiro nas folhas inferiores e podem fundir-se em grandes áreas necróticas levando à morte da toda a folha. Os mesmos sintomas podem ser observados nas flores.

 Morfologia do fungo

Estroma ausente ou pequeno. Conidióforos (5-15) organizados em feixes, de coloração marrom pálido a olivácea, uniforme em cor, não ramificados, septados, geniculados com cicatrizes de conídios engrossadas ​​, subtruncados no ápice, com dimensões de 20-80 x 3,5-5 μm. Conídios hialinos, de formato  acicular ao linear , reto a curvado, indistintamente multiseptados, com ápice subagudo a subobtuso , com  base truncada  com um hilo engrossado , 25-150 x 2-3,5 µm.

Manejo da doença

Resíduos da cultura devem ser regularmente ser removidos tanto em plantações no campo como em cultivo protegido. Folhas sintomáticas devem ser sempre removidas das plantas. A umidade na superfície da planta no campo, principalmente nas flores, deve ser reduzida, protegendo-as da chuva com uma cobertura plástica, e, na estufa, mediante a circulação forçada do ar. Deve-se evitar a irrigação por aspersão. Não há referências sobre a existência de variedades de crisântemo resistentes a Cercospora chrysanthemi. O controle químico com fungicidas protetores deve ser praticado apenas se a doença for muito severa.

Referências importantes

MAPA (Agrofit) – Disponível em:  http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons .  Acesso em: 01 jul. 2015.

MYCOBANK. Disponível em: http://mycobank.org < acesso em 01 de julho de 2015.

Citação

D.M.Q Azevedo. Mancha-de-cercospora em crisântemo. Atualizado em 01/07/2015.

 Última atualização: 01/07/2015.