Mancha de phoma

Relevância da doença

No Brasil, é considerada a segunda doença mais importante em pós-colheita. O fungo é amplamente disseminado em regiões tropicais e a doença apresenta sintomas variados. (Hunter e Budderhagen, 1972)

Etiologia

Agente etiológico

Phoma caricae-papayae (Tarr) Punith., Transactions of the British Mycological Society 75 (2): 340 (1980)

Reino Fungi

Filo Ascomycota

Subfilo Pezizomycotina

Classe Dothideomycetes

Subclasse Pleosporomycetidae

Ordem Pleosporales

Gênero Phoma

Espécie Phoma caricae-papayae

Sinônimos

Obrigatórios:

Ascochyta caricae Pat., Bulletin de la Société Mycologique de France 7: 178 (1891)

Ascochyta caricae-papayae Tarr, The fungi and plant diseases of the Sudan: 53 (1955)

Phoma caricae Punith., CMI Descriptions of Pathogenic Fungi and Bacteria 634 (1979)

Teleomorfo:

Stagonosporopsis caricae (Sydow & P. Sydow) Aveskamp, Gruyter & Verkley, Studies in Mycology 65: 45 (2010)

Hospedeiros

Carica papaya (Mamão)

Distribuição

Esta doença esta distribuída nos seguintes países: África (Etiópia, Quénia, Maurícias, Rodésia, Tanzânia, Togo, Sudão, Zâmbia); Ásia (Índia, Nepal, Tailândia); Austrália e Oceania (Austrália, Nova Gales do Sul, Queensland, West Irian, Hawaii); América Central (Honduras); América do Sul (Equador: Quito).

Características

Sintomatologia

A lesão no pedúnculo das folhas  é caracterizada por tecido preto, rugoso e seco, de margens translúcidas, aparecendo, às vezes, um micélio branco, esses mesmos sintoma também são observados na superfície adaxial das folhas de mamão. Em frutos o primeiro sintoma observado são pequenas pregas na superfície, lesões com margens translúcidas marrons desenvolvem-se mais tarde.

Morfologia do fungo

Os picnídios (corpos de frutificação) geralmente são imersos nas folhas, talos e frutos, possuem abertura por ostíolo, são pigmentados com coloração marrom clara à marrom escuro, subglobosos, 100-120 mm de diâmetro. Célula conidiogênica com células hialinas, globosa, às vezes mais largo na base e gradativamente vai diminuindo em direção ao ápice (aproximadamente em forma de cunha). Os conídios são hialinos, pouco cilíndrico ou ligeiramente reniforme, cerca de 70% não-septadas, 30% septadas.

Material Herborizado

VIC

Cultura depositada

COAD

Manejo da doença

Como inexistem variedades resistentes, a pulverização de fungicidas tornou-se a principal medida de controle. (Vide Agrofit).

Referências importantes

HUNTER, J.E., BUDDENHAGEN, I.W. Incidence, epidemiology and control of fruit diseases of papaya in Hawaii. Tropical Agriculture 46:61-71, 1972.

REZENDE, J.A.M., MARTINS, M.C. Doenças do mamoeiro. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L. E. A.; REZENDE. Manual de Fitopatologia: volume 2: Doenças das plantas cultivadas. São Paulo: CERES, 1997.

Mapa (Agrofit):Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. Acessado em: 26/06/2015

Micobank: Disponível em: http://www.mycobank.org/BioloMICS.aspxLink=T&TableKey=14682616000000063&Rec=15383&Fields=All . Acessado em: 26/06/2015

Agradecimentos

Aos amigos da turma de mestrado em Fitopatologia pelo companheirismo, ao professor Robert pelos ensinamentos e ao Danilo, Davi, Janaína e Adans por todo auxílio.