Ferrugem do Algodoeiro

1.Relevância da doença

A ferrugem do algodoeiro é uma doença não limitante à produção, entretanto causa queda prematura das folhas, reduzindo a produção em até 24% (JULIATTI e POLIZEL, 2003).

2.Etiologia

2.1.Agente etiológico

Phakopsora gossypii. ( Arthur) Hirats.f., Uredinological studies:266(1955)[MB#451305]

Reino Fungi, Filo Basidiomycota, Subfilo Basidiomycotina, Classe Pucciniomycetes, Subclasse: Pleosporomycetidae, Ordem Pucciniales,  Família Phakopsoraceae, Gênero Phakopsora.

2.2.Sinônimos

Gossypii Phakopsora (Arth.) Hirat. f., ured. Estudos: 266, outubro de 1955.
=Kuehneola gossypii Arth, 1912 (como ‘.. Lagerh) Arth’)
=Cerotelium gossypii (.. Arth) Arth, 1917 (como ‘.. (Lagerh) Arth’)
=Phakopsora gossypii (Arth.) Dale, dezembro de 1955.
=Aecidium desmium Berk. & Broome, 1873.
=Uredo gossypii Lagerh., 1891.
=Uredo desmium Petch, 1912 (como ‘(Berk. & Br.) Petch’).
=Kuehneola desmium Butler, 1918 (como ‘(Berk. & Br.) Butl . ‘)
=Cerotelium desmium Arth., 1925 (como ‘(Berk. & Br.) Arth.’).
= Phakopsora desmium Cummins de 1945 (como ‘(Berk. & Broome) Cummins’).

 

2.3.Hospedeiros

Gossypium barbadense L.

Gossypium variedade brasiliense (BRS)

Gossypium sp.

2.4.Distribuição

Cosmopolita

3.Características

3.1.Sintomas

Os primeiros sintomas são caracterizados por pequenas lesões de coloração escura que surgem na face superior da folha. É comum, em alguns cultivares, a ocorrência de um halo de cor púrpura circundando as lesões. Completado o período de latência ,surgem as pústulas na face inferior das folhas. Estas são pequenas, de formato circular, e coloração inicialmente amarelo pálido tornando-se castanha. As pústulas se desenvolvem abaixo da epiderme da folha e quando atingem a maturação, a epiderme é rompida e os uredósporos são liberados.

3.2.Morfologia do fungo

O uredios primários (pústulas aecial), secundário (uredial pústulas), espalhados em grupos, ligeiramente pulverulentos, marrom amarelado, até 0,5 mm de diâmetro em pontos arroxeados 1-5mm de largura. Paráfise periférica ou oval,parede lisa e incolor.  Urediósporos elipsoides ou oval, de parede espessa e equinulada, poros discreto e equatorial. Telia raro , dispersado, discreto. Teliósporos em crostas de esporos lateralmente aderente, angular para irregularmente oblongo. (Punithalingam, E.1968.Phakopsora gossypii. CMI descrições de fungos e bactérias patogênicas. 172:1-2).

3.3.Material Herborizado

VIC

3.4.Cultura depositada

COAD

4.Controle

Recomendações de controle não químico para a doença No início do desenvolvimento da cultura, deve atentar-se para o monitoramento da lavoura. Em áreas de ocorrência da doença, os restos vegetais de plantas afetadas pela doença deverão ser totalmente eliminados (queimados ou incorporados ao solo), visando diminuir o inóculo inicial da próxima safra. O plantio do algodoeiro em “safrinha” deverá ser evitado em áreas onde a ferrugem ocorreu em lavouras anteriores. Nessas áreas a rotação de culturas é imprescindível. Em caso de ocorrência da doença desde o início da safra e havendo condições climáticas favoráveis, poderá haver a necessidade de aplicação de fungicida. Nessa situação deve-se buscar orientação técnica junto aos órgãos de pesquisa e/ou assistência técnica.

Recomendações de controle químico: De acordo com o Ministerio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) existem produtos que podem ser usados no controle químico e são eficientes contra ferrugens, todavia ainda não existem resultados de experimentação com dosagens, épocas e intervalos de aplicação no algodoeiro. Cultivares diferem quanto ao grau de suscetibilidade a esta doença, entretanto não há informações acerca dos cultivares atualmente em uso quanto à resistência à ferrugem tropical.

 

 5.Citação

BARBOSA,R.T. Ferrugem do Algodoeiro(Phakopsora gossypii). Doença foliar do Algodoeiro.

 

 6.Referências importantes

Disponivel em :http://mycobank.org, acessado 22/05/2015

Disponivel em:  http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br, acessado 22/05/2015

JULIATTI, F.C.; POLIZEL, A.C. Manejo integrado de doenças na cotonicultura brasileira. Uberlândia: Edufu, 2003.

SUASSUANA, N.D.;ARAUJO,A.E.; Ferrugem “tropical” do algodoeiro. EMBRAPA ALGODÃO .Campina Grande,2003.

Disponivel em:     http://nt.ars-grin.gov/fungaldatabases/fungushost/new_frameFungusHostReport.cfm,  acessado 27/05/2015

Fonte: Agrofit – http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons) , acessado 14/06/2015.

7.Agradecimentos

Aos amigos da turma de mestrado pelas contribuições durante o desenvolvimento do trabalho, aos amigos e funcionários do Departamento de Fitopatologia pelo auxílio, aos funcionários da clinica de doenças de plantas (UFV), ao professor Robert pelo aprendizado e ao Davi Damasceno pela orientação durante o desenvolvimento do trabalho.