Brusone da Cevada

1 – Relevância da doença

A cevada (Hordeum vulgare L.) ocupa o quarto lugar em importância entre os cereais, depois do trigo, do milho e do arroz. Pyricularia grisea Sacc (teleomorfo Magnaporte grisea (Hebert) Barr) é o agente causal da brusone, uma doença ataca mais de 50 espécies de gramíneas. Essa doença foi verificada na cevada pela primeira vez em 1998 em condições naturais na região de Brasília, sem que, no entanto, maiores detalhes tenham sido abordados.

2 – Etiologia 

2.1 – Agente etiológico

Pyricularia grisea (Sacc.) Sacc., Michelia 2 (6): 148 (1880) [MB#224559]

Reino Fungi, Filo Ascomycota, Subfilo Pezizomycotina, Classe Sordariomycetes, Subclasse Sordariomycetidae, Ordem Peronosporales, Família Magnaporthaceae, Gênero Pyricularia, Espécie Pyricularia grisea

2.2 – Sinônimos 

Obrigatórios:

  • Dactylaria grisea (Sacc.) Shirai, Journal of the College of Agriculture Imperial University of Tokyo 2: 262 (1910) [MB#100551]
  • Trichothecium griseum Cooke: no.580 (1882) [MB#157920]

Teleomorfo:

  1. Magnaporthe grisea (T.T. Hebert) M.E. Barr, Mycologia 69 (5): 954 (1977) [MB#317113]

2.3 – Hospedeiros

O fungo pode atacar ampla gama de hospedeiros, como trigo, arroz, cevada, milheto, milho, triticale, centeio, azevém e gramíneas nativas. 

2.4 – Distribuição

Tem distribuição ampla.

3 – Características 

3.1 – Sintomatologia

Nas folhas observamos lesões elípticas com centro cor de cinza e margem marrom, semelhantes aos produzidos em trigo. Em espigas, os sintomas característicos são também similares aos que ocorrem em espigas de trigo, caracterizando-se por descoloração (branqueamento) prematura da porção da espiga acima do ponto de infecção do patógeno. Na ráquis também ocorre lesão escura-brilhante restrita às proximidades do ponto de infecção.

3.2 – Morfologia do fungo

Conídios piriformes, hialinos em conidióforos longos, delgados, livres e eretos. Primeiramente, os conídios são encontrados aderidos ao conidióforo por uma pequena célula que se divide produzindo um pequeno dentículo na base do conídio e na lateral do conidióforo. Os conídios não apresentam tamanho nem morfologia únicos, pois ambos são influenciáveis pelo hospedeiro do qual o fungo foi isolado, assim como o meio de cultura utilizado, a temperatura e a luminosidade disponíveis. Isolados de outras gramíneas apresentaram dimensões que variaram de 12,5-46,1 x 5,1-13,5 µm (Purchio-Muchovej & Muchovej, 1994)

4 – Material herborizado

VIC 

5 – Cultura depositada

COAD

6 – Referências importantes

Cruz,M.F.A. Caracterização do padrão molecular e de virulência de isolados de Pyricularia grisea do trigo. Passo Fundo: UPF, 2008. 122p. Tese (Mestrado em Agronomia)- Passo Fundo, 2008.

Embrapa trigo: http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do40_3.htm  Acesso em: 01 jun. 2015.

Fungal database: http://www.speciesfungorum.org/Names/GSDSpecies.asp?RecordID=208592

Acesso em: 01 jun. 2015.

Lima M.I.P.M., Minella  E.,  Vilasbôas F. S. Ocorrência de Brusone em Folhas de Cevada no Rio Grande do Sul (2007). Fitopatologia Brasileira 32: 2.

MAPA (Agrofit) – Disponível em: http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons 

Acesso em: 01 jun. 2015.

Mycobank: http://www.mycobank.org/BioloMICS.aspx?Table=Mycobank&Rec=23373&Fields=All

Acesso em: 01 jun. 2015.

7– Agradecimentos

Aos amigos da turma de mestrado em Fitopatologia pelo companheirismo, ao professor Robert pelos ensinamentos e ao Davi por todo auxílio.

8 – Citação

C . A. Milagres. Brusone da cevada (Pyricularia grisea). Biblioteca de imagens. Atualizado em 01/07/2015.

9 – Última atualização

01/07/2015

10 – Controle

Recomendações de controle não químico para a doença

Essa é uma doença de difícil controle, sendo recomendada para um controle mais eficiente a utilização de cultivares resistentes . 

Recomendações de controle químico:

O controle químico não tem se mostrado eficiente em condições de campo.