1 Relevância da doença

No Brasil, a ferrugem branca ocorre, principalmente, em mostarda, nabo, rabanete e rúcula. Não foi descrita em repolho e couve-flor. Quando a doença não é tratada, o fungo pode causar a deformação e prejudicar o desenvolvimento da leguminosa.

2 Agente etiológico

Albugo candida (Pers. ex J.F. Gmel.) Kuntze, Revisio generum plantarum 2: 47 (1891) [MB#122113]

Chromista, Oomycota, Oomycetes, Peronosporales, Albuginaceae, Albugo

2.1 Sinônimos

  1. Aecidium candidum Pers. ex J.F. Gmel., Systema Naturae 2: 1473 (1792) [MB#154474]
  2. Caeoma candidum (Pers. ex J.F. Gmel.) Nees, System der Pilze und Schwämme: 15, t. 1:8 (1817) [MB#495539]
  3. Cystopus candidus (Pers. ex J.F. Gmel.) Lév., Annales des Sciences Naturelles Botanique 8: 371, 375 (1847) [MB#226854]
  4. Uredo candida (Pers. ex J.F. Gmel.) Pers., Synopsis methodica fungorum: 223 (1801) [MB#143625]

3 Hospedeiros

Dentro das espécies de Albugo, A. candida é possivelmente a mais polífaga, afetando 214 espécies em 63 gêneros de crucíferas.

4 Distribuição

Apresenta distribuição mundial.

5 Características

5.1 Sintomas

Os sintomas iniciais são pequenas manchas amareladas nas folhas e no caule. Posteriormente, estas lesões tornam-se maiores e, na face inferior das folhas, a epiderme é rompida, expondo pústulas brancas de aspecto pulverulento. Com o desenvolvimento das lesões, as folhas sofrem distorções e amarelecimento. Nos ramos e nos órgãos florais, o fungo torna-se sistêmico e acarreta hipertrofia e hiperplasia dos tecidos colonizados, resultando em deformação e desenvolvimento anormal desses órgãos.

Nas folhas, manchas cloróticas na superfície adaxial e pústulas brancas (1-3 mm) no lado contrário da folha.

Nas hastes florais, manchas cloróticas e pústulas brancas; quebra da epiderme, ficando expostas as massas de esporos brancos e pulverulentos.

5.2 Morfologia do fungo

Micélio intercelular. Soro de cor variável de branco para amarelo pálido, proeminente. Esporangióforos hialinos, clavados, de parede espessa. Esporângios dispostos em cadeia basípeta, globosos a oval, hialinos, de parede fina e uniforme.

6 Controle

6.1 Recomendações de controle não químico para a doença:

Destruição dos restos de cultura infectados, eliminação de plantas daninhas hospedeiras e rotação de culturas com espécies não suscetíveis. Utilizar cultivares resistentes. As sementes devem estar limpas e adequadamente tratadas, e as mudas devem ser produzidas sob estrito controle e em condições desfavoráveis ao desenvolvimento do patógeno.

6.2 Recomendações de controle químico:

Utilizar fungicidas protetores e/ou sistêmicos.

7 Referências importantes

http://www.agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/ferrugem-branca_1732.html

http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons

http://www.mycobank.org/BioloMICS.aspx?Table=Mycobank&Rec=116897&Fields=All

http://fitopatologia1.blogspot.com.br/2010/04/aspectos-gerais-e-morfologicos-do-fungo_8232.html

8 Agradecimentos

Ao professor Robert W. Barreto, por disponibilizar os materiais para identificação. À Danilo Pinho pela orientação durante a realização do trabalho.

9 Citação

FREITAS, L. D. Mostarda: Ferrugem-branca. 2015.