Antracnose

Relevância da doença

Sua importância é reconhecida quase que exclusivamente pelas lesões que provoca em frutos, em campo ou após a colheita. É mais problemática em cultivos de verão, quando ocorrem temperatura e umidade altas.

Etiologia

Agente etiológico

Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc.(1884) [MB#158410]
Fungi, Ascomycota, Pezizomycotina, Sordariomycetes, Sordariomycetidae, Glomerellaceae, Colletotrichum

Sinônimos

=Glomerella cingulata (Stoneman) Spauld. & H. Schrenk (1903) [MB#245491]
=Vermicularia gloeosporioides Penz. (1882) [MB#163969]
=Gloeosporium epicarpi Thüm. [MB#211408]
=Gloeosporium fructigenum f. americana Krüger [MB#494355]
=Gloeosporium fructigenum f. germanica Krüger [MB#494356]
=Phyllosticta asclepiadearum Westend. (1851) [MB#248717]
=Gloeosporium fructigenum Berk.(1856) [MB#169966]
=Gloeosporium affine Sacc.(1878) [MB#219147]
=Phyllosticta araliae Ellis & Everh. (1894) [MB#174301]
=Gloeosporium anthurii Allesch. (1895) [MB#202616]
=Ramularia arisaematis Ellis & Dearn. [MB#154894]
=Gloeosporium mangiferae Henn. (1898) [MB#209320]
=Gloeosporium olivarum J.V. Almeida (1899) [MB#170163]
=Gloeosporium begoniae Magnaghi (1902) [MB#201763]
=Colletotrichum dracaenae Allesch. (1902) [MB#263510]
=Gloeosporium alborubrum Petch (1906) [MB#156491]
=Gloeosporium limetticola R.E. Clausen (1912) [MB#183787]
=Colletotrichum chardonianum Nolla (1926) [MB#260430]
=Gloeosporium fructigenum f. hollandica H.R.A. Muller (1926) [MB#265374]
=Colletotrichum tabacum Böning (1932) [MB#119597]
=Colletotrichum tabaci Böning: 89 (1932) [MB#517185]
=Protocoronospora phoradendri Darling (1940) [MB#289983]
=Colletotrichum derridis Hoof (1950) [MB#295330]

Hospedeiros

Capsicum spp. (Pimentas e pimentão)
Diversas espécies de plantas mono e dicotiledôneas.

Distribuição

Cosmopolita.

Observações

USDA – United States Department of Agriculture. Disponível em: <http://nt.ars-grin.gov/fungaldatabases/fungushost/new_frameFungusHostReport.cfm>. Acessado em: 28/06/2015.

Características

Sintomas

A doença se inicia como pequenas manchas circulares pequenas, deprimidas e de coloração marrom, às vezes com margem amarelada. As lesões crescem rapidamente, ficam grandes e circulares, elípticas a irregulares, podendo haver pequenos pontos rosados a marrom escuros distribuídos de maneira aleatória ou formando círculos concêntricos e podem atingir todo fruto. Sob alta umidade, o centro das lesões fica recoberto por uma camada cor-de-rosa, formada por esporos do fungo. Os frutos atacados não caem e as lesões permanecem firmes, a não ser que haja invasão de organismos secundários que aceleram a sua deterioração.

Morfologia do fungo

Conidiomas acervulares, anfígeos, principalmente epígeos, subepidermais. Setas frequentemente presentes nos acérvulos, mas agumas vezes surgindo isolados de estômatos, formando fascículos densos e portando conídios enteroblásticos no ápice. Células conidiogênicas discretas, enteroblásticas, fialídicas, hialinas, lisas. Conídios pegajosos, formados individualmente, cilíndricos, (10-)15-20(-25) x (3-)4-6 µm, ápice obtuso, base subacuta, asepatdos, gutulados, hialinos, lisos, formando septo após germinação. Apressórios com margem lobada pouco irregular, ovais, globosos ou ampuliforme,marrom a marrom escuro, 8-12 x 6-9 µm.

Controle

Controle por métodos não-químicos:

Recomenda-se fazer o plantio menos adensado em época favorável à doença, para permitir melhor ventilação entre as plantas; o manejo adequado da irrigação, evitando excesso de água; irrigação por gotejamento, por não provocar o molhamento da parte aérea reduz drasticamente a chance de aparecimento da doença; destruição dos restos culturais imediatamente após a última colheita e a rotação de culturas, de preferência com gramíneas.

Controle químico:

Pulverizar preventivamente a cultura no início de frutificação com fungicidas registrados. Vide MAPA – Agrofit.

Agradecimentos

À Clinica de Doenças de Plantas da UFV, pela concessão do material biológico para identificação. A Danilo Pinho pelo auxílio na identificação das amostras.

Citação

HECK, D. W. Pimenta: Antracnose. 2015

Referências importantes

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pimenta/Pimenta_capsicum_spp/doencas.html#antracnose>. Acessado em: 28/06/2015.
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <http://pragawall.cenargen.embrapa.br/aiqweb/michtml/fichahp.asp?id=2542>. Acessado em: 28/06/2015.
MYCOBANK. Disponível em: <http://www.mycobank.org/BioloMICS.aspx?Table=Mycobank&Rec=5976&Fields=All> Acessado em: 28/06/2015.
USDA – United States Department of Agriculture. Disponível em: <http://nt.ars-grin.gov/fungaldatabases/fungushost/new_frameFungusHostReport.cfm>. Acessado em: 28/06/2015.

Última atualização

30/06/2015.