Eduardo_granadosAs últimas semanas têm sido de muito trabalho e readaptação para o pesquisador co-arriquenho Eduardo Granados , professor da Universidade da Costa Rica . Depois de mais de seis anos no Brasil, ele acaba de assumir a vaga para a qual foi selecionado em 2015, ainda antes de iniciar sua capacitação nos cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia da UFV . Se acostumando agora à rotina no curso de Agronomia, no qual ele ministra disciplinas voltadas à fitopatologia, Eduardo diz que o esforço de deixar sua terra natal foi mais do que recompensado. 

“Eu aprendi demais na UFV. O PPG impactou diretamente na minha forma de ver as coisas e transformou o professor que posso ser hoje. Minha experiência me ajudou inclusive a me humanizar, a me fazer entender melhor meus alunos e colegas”, conta ele. Eduardo procurou a Fitopatologia depois que conseguiu uma bolsa de estudos por meio de uma parceria entre a Universidade da Costa Rica e o Banco Mundial. “Eu fui aprovado para a vaga de professor, mas com a condição de que cursasse o mestrado e o doutorado. Passei a procurar por oportunidades em várias universidades do mundo, e consegui a acolhida do professor Laércio Zambolim , que havia estado na Costa Rica alguns anos antes.”

Sob orientação do professor Laércio, Eduardo desenvolveu-se a estudos em torno de espécies de café atendidos na América Central. Em sua tese de doutorado, coorientada pela pesquisadora Eveline Teixeira , da Embrapa, ele apresenta os resultados da verificação da diversidade genética das cultivares de café desta região e da resistência dessas cultivares, por meio da fenotipagem com as raças de H. vastatrix e da genotipagem com marcadores moleculares ligados a genes de resistência a H. vastatrix e C.kahawae . “Agora, temos ferramentas para identificar os cultivares e dizer se são resistentes a algumas raças específicas de ferrugem”, explica. 

Até a defesa da tese, porém, realizada em abril, Eduardo percorreu um longo caminho que incluiu a adaptação a um novo idioma e a uma universidade de grande porte. “Foi uma mudança muito grande pra mim, eu não esperava encontrar uma estrutura tão grande e tão boa. O que me ajudou muito foi a qualidade humana do brasileiro. Conheci colegas que me ajudaram muito, e eu sou até hoje muito grato”, ele diz, destacando ainda o caráter internacional dos cursos. “Essa experiência de troca com investigador de todo o mundo é muito rica, marca muito uma pessoa. Tenho certeza que levarei isso para sempre!”