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As verrugoses são doenças que afetam culturas como as do abacateiro, laranjeiras, amendoim, mandioca, feijoeiro e muitas outras. São todas causadas por fungos de um mesmo grupo (gênero Elsinoë) e podem causar grandes prejuízos. No entanto, são um grupo difícil de estudar por conta de seu tamanho diminuto e crescimento lento quando cultivados em meio artificial. Talvez por isso foram “esquecidos” pelos cientistas por quase sessenta anos. Os professores Robert W. Barreto e Olinto L. Pereira, do Departamento de Fitopatologia retomaram os trabalhos sobre a taxonomia desses fungos a partir de 2010, em colaboração com a equipe do grupo de Fitopatologia Evolutiva, liderada pelo Prof. Pedro Crous do Westerdijk Fungal Biodiversity Institute – Holanda. O principal resultado está agora disponível na forma de artigo científico “Phylogeny and taxonomy of the scab and spot anthracnose fungus Elsinöe (Myriangiales, Dothideomycetes)”  recentemente publicado   na revista Studies in Mycology – periódico científico de maior impacto na área de micologia (JCR 13,8). No trabalho são propostas oito espécies novas e 75 espécies de Elsinoë, obtidas de cinco continentes e que foram investigadas com ferramentas moleculares e tiveram suas relações filogenéticas elucidadas. O trabalho moderniza e, ao mesmo tempo, celebra o legado dos dois cientistas que mais contribuíram para o conhecimento desse grupo, numa produtiva parceria que atravessou décadas: a pesquisadora americana Anna E. Jenkins (USDA) e o brasileiro Agesilau A. Bitancourt (Instituto Biológico de São Paulo). O artigo completo pode ser lido no site: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0166061617300179.