isabela_horizontalEstudante: Isabela Maria Grossi Leal
Orientador: Fabrício de Ávila Rodrigues
Data: 28/02/2024, às 08h
Local: Sala 102 do ESB 

Resumo: A ferrugem, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma das doenças  mais destrutivas que afeta a produção da soja. A fertilização foliar, como estratégia para  manter quantidades mais altas de nutrientes e promover melhor crescimento das plantas,  pode potencializar algumas vias bioquímicas envolvidas nas reações de defesa. Neste  estudo, as plantas foram pulverizadas com água (controle) ou com Sikon Fert® [referido  como estimulador da resistência induzida (ERI)] e inoculadas ou não com P. pachyrhizi.  A germinação dos urediniósporos foi significativamente reduzida de 57 a 100% em  função das doses crescentes (0,5 a 10 mL/L) do ERI em comparação ao tratamento  controle. Para as plantas inoculadas, as concentrações foliares de enxofre, cobre e zinco  foram significativamente maiores em 40, 490 e 13%, respectivamente, para o tratamento  ERI em comparação ao tratamento controle. A severidade da ferrugem foi  significativamente reduzida em 59, 67, 59, 56 e 54% aos 9, 11, 13, 15 e 17 dias após a  inoculação (dai), respectivamente, para as plantas pulverizadas com o ERI em  comparação com as plantas do tratamento controle. A área abaixo da curva do progresso  da doença diminuiu significativamente em 58% para as plantas pulverizadas com o ERI  em comparação com as plantas do tratamento controle. As plantas infectadas e  pulverizadas com o ERI apresentaram o aparato fotossintético preservado (aumentos  significativos nos valores do rendimento fotoquímico e taxa de transporte de elétrons aos  7 e 11 dai e valores significativamente menores para o rendimento da dissipação não  regulada e rendimento da dissipação por regulação negativa aos 7 e 11 dai,  respectivamente), juntamente maiores concentrações de clorofila a+b e carotenoides do  que as plantas infectadas do tratamento controle. Menores concentrações de aldeido  malônico e espécies reativas de oxigênio (peróxido de hidrogênio e ânion superóxido)  indicaram menor dano celular imposto pela infecção fúngica juntamente com maiores  atividades de enzimas de defesa (quitinase, β-1,3-glucanase, fenilalanina amônia-liase,  peroxidase, polifenoloxidase e lipoxigenase) e maior produção de lignina ajudaram as  plantas pulverizadas com o ERI afetar o processo infeccioso de P. pachyrhizi de forma mais eficiente. Esses resultados mostram uma oportunidade de explorar esse ERI em  condições de campo visando reduzir as perdas na produção em decorrência das epidemias  severas da ferrugem.