mapa2Prelecionista: Arlam Fernandes da Silva
Orientadora: Dalila Sêni Buonicontro
Coorientadora: Eveline Teixeira Caixeta Moura
Data: 03/08/2023, às 08h, no ESB – Sala 100

Resumo: Meloidogyne paranaensis é hoje umas das principais ameaças à cafeicultura brasileira, dada a sua elevada agressividade ao cafeeiro associado à sua gradativa disseminação para as principais regiões produtoras de café. O seu manejo é dependente do uso da resistência genética associada a outras estratégias de controle. Fontes de resistência a esse nematoide foram encontradas em cafeeiros silvestres de Coffea arabica. Esses cafeeiros resistentes representam importante fonte de variabilidade genética para o desenvolvimento de novas cultivares resistentes a Meloidogyne spp.. Objetivou-se estudar a herança da resistência do acesso silvestre de C. arabica, Amphillo, quanto a resistência a M. paranaensis. Foram fenotipados 304 genótipos da geração F2 oriunda do cruzamento de MG 0179-P3-R1 e Catiguá MG2-P14, onde o pai das progênies testadas, o MG 0179-P3-R1 que carrega a característica da resistência, era resultante do cruzamento entre germoplasma ‘Amphillo’ e linhagens da cultivar Catuaí Vermelho. Os indivíduos foram inoculados com pelo menos 5.000 ovos de M. paranaensis. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação. Após 180 dias foi realizada a fenotipagem para o caractere relacionado à resistência, com base no fator de reprodução (FR). 234 indivíduos foram resistentes (FR < 1) e 70 suscetíveis (FR ≥ 1) a M. paranaensis. Os valores de FR foram submetidos ao teste Qui-quadrado para determinar a segregação para 1, 2 e 3 genes, os resultados obtidos pelo teste Qui-quadrado sugerem quatro interpretações. Na primeira, a resistência é governada por 1 gene, com dois alelos dominantes, demonstrados pela segregação de 3:1 (χ2=0,6316; P=42,68%). Na segunda, a resistência é governada por dois genes, um dominante e outro recessivo, indicado pelo padrão de segregação de 13:3 (χ2=3,6491; P=5,61%). Na terceira, a resistência é governada por três genes, um gene dominante independente, um gene dominante e outro recessivo complementar, indicado pelo padrão de segregação 51:13 (χ2=1,3832; P=23,96%). Na quarta interpretação, temos a resistência governada por três genes, um gene dominante independente e dois recessivos complementares, indicado pelo padrão de segregação 49:15 (χ2=0,0286; P=86,56%). Conclui-se, que a herança da resistência do Amphillo MR 2-161 a M. paranaensis é controlada por pelo menos um gene com dominância completa, complementado por um ou mais genes de dominância incompleta.